terça-feira, 29 de outubro de 2013

JOSÉ MOURINHO: "Circulação da Bola em Velocidade"


Objetivos:
- Melhorar a manutenção e circulação da bola;
- Desenvolver a criação de linhas de passe ao portador da bola;
- Desenvolver os mecanismos de pressão e a cobertura defensiva.
Organização:
- 4x2 (duas equipas de 2 jogadores contra uma equipa de 2 jogadores);
- Num quadrado de 8x8 metros.
Descrição:
Juntam-se duas equipas de 2 jogadores (4 atacantes) e jogam contra uma equipa de 2 jogadores (2 defesas), realizando uma situação de 4x2 durante o tempo estipulado. Os 4 atacantes situam-se por fora do quadrado e os 2 defesas colocam-se no seu interior. Os 4 atacantes tentam realizar o maior número de passes no tempo estipulado enquanto os 2 defesas tentam evitar que isso aconteça. Junto ao quadrado deve haver muitas bolas para reposição imediata aquando do extravio da bola em jogo.
Esquema:
Vídeo:
Regras:
- Só se pode jogar a 2 toques no máximo;
- Vence o quarteto que mais passes conseguir realizar entre si;
- No final do tempo estipulado a equipa no centro (2 defesas) trocam de funções com uma das equipas de atacantes, para que os jogadores passem por todas as funções.
Progressão:
Numa fase mais adiantada do exercício, os atacantes têm de dar 2 toques obrigatórios.
Aspetos Fundamentais:
- Qualidade do passe;
- Boa circulação da bola;
- Dar linhas de passe;
- Velocidade de decisão e de execução;
- Cobertura defensiva;
- Jogadores próximos para recuperarem a bola.

8 comentários:

  1. 1- O numero de toques não tem influencia na velocidade a que o jogo flui
    2- Passe longos aumenta a velocidade de jogo, passes para o local onde o jogador vai estar aumentam também a velocidade de jogo ao invés de passes no pé.
    3-Tomada de decisão do portador da bola, em passar a bola no momento certo, e companheiros colocarem-se em zonas sem oposição directa e afastados do portador da bola.
    4- Pressionar o portador da bola e fechar linhas de passe próximas (cobertura).
    Não acho que este seja um bom exercício, para manter a posse de bola e aumentar a velocidade de circulação, pois o que aumenta é a velocidade de passes. Primeiro por ser limitado a nivel espacial o que nao permite aos atletas com bola circular a bola para zonas com menos aglomeração de atletas, como estão todos juntos dificilmente isso ocorre. Segundo se os jogadores forem influenciados a jogar a 1 ou 2 toques não fixam um defesa, sendo mais dificil criar situações de desiquilibrio, isto transpondo para o jogo com balizas. O facto de nao ter balizas ou uma orientação espacial, nao permite a quem mantém a posse de bola, decidir se o passe deverá ser para trás ou para a frente, fazendo com que o seu raio de acção seja um quadrado, quando um campo de futebol tem balizas paras as quais os jogadores devem manter a posse de bola com um determinado fim. (o golo)

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  2. Contexto de Exercitação usualmente utilizado como parte do Aquecimento Específico.

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    1. Para um aquecimento especifico, pouco tem a ver com o jogo, mas se querem circular a bola em velocidade, podem circular a bola à vontade, no entanto não este exercício não garante melhoria nas capacidades cognitivas e tomada de decisão dos jogadores.

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    2. Se estivermos a falar de passes em zonas próximas da baliza e passes de rotura na defesa adversária, claro que sim. No entanto este exercicio nao contempla nem zonas, nem alvos, logo os passes são simples e de manutenção de posse de bola, sem que isso garanta aumento da velocidade do jogo. Basta pensar que eu estando quieto e 2 adversários toquem a bola de primeira e à minha frente eles não saem do mesmo sitio, mantém a posse de bola e não estão a aumentar a velocidade de jogo. Aumentam sim o numero de passes, não garante tal como já referi que a velocidade de jogo, ou a circulação da bola em velocidade. Existem no jogo passes que aumentam a velocidade de jogo, e o facto de se jogar a 1 toque, não garante muito tempo de posse de bola(aumentam o risco da perda da mesma), nem aumento da velocidade do jogo. Já agora o facto de jogar de primeira e com poucos toques não garante por si o aumento da velocidade do jogo, basta ver jogadores como Di maria, ronaldo, messi que quando pegam na bola e mudam de velocidade, a velocidade do jogo aumenta tremendamente, e não estão a jogar de primeira.

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  3. O nº de toques claro que tem influência na velocidade do jogo!!! nem é preciso saber muito do jogo, basta pensar assim... se o ritmo de bola for lento, eu como adversário tenho mais tempo para tudo, com a redução de toques, aumenta a circulação (ritmo) de bola, logo o jogo acelera e de que maneira, eu como adversário vou ter mais dificuldade em tomar decisões... ;-)

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    1. Não concordo. Um jogador pode dar os toques que quiser individualmente ou colectivamente sem interferir na intensidade do jogo. O que faz com que o jogo seja mais intenso ou menos passa pela verticalidade do passe e na agressividade e objectividade do jogador em posse assim como da comunhão e concepção de jogo dos seus apoios directos. Tal como referiram sobre messi, ronaldo ou di maria, eles são muito verticais nas suas opções de jogo e são perfeitamente apoiados pelos seus colegas que demonstram essa comunhão de ideia/concepção de jogo.
      O barça dá muitos toques / passes e tem grandes variações de intensidade. Na sua 1º fase de construção joga em baixa intensidade com muitos passes. Na 2º Fase aumenta a intensidade e joga com muitos passes. Na 3ª fase joga com altíssima intensidade e com versatilidade, ou seja usa os passes de ruptura ou as penetrações individuais em drible.
      Resumindo, a intensidade não depende do numero de toques ou passes.

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  4. A bola é o elemento mais rápido do jogo, sendo um passe sempre mais rápido que um transporte, assim sendo o número de toques tem influência na velocidade do jogo e é uma das variantes usadas pelos treinadores para controlar a intensidade dos exercícios. É preferível um passe com devolução no processo de construção do que um jogador parado a olhar para o jogo pois o movimento da bola obriga os defesas a dispersarem o foco de atenção constantemente. O Barcelona de Guardiola usava o transporte como atração do adversário, que ao vir pressionar o portador da bola, abre espaços para as entradas dos outros avançados. Assim sendo parece-me que o transporte é mais útil para atacar quando há espaço , do que para manter a posse de bola quando a defesa adversária está organizada, sendo aqui uma circulação de bola com segurança o mais aconselhado. Nos últimos anos a diferença entre o Porto de Vítor Pereira e o Benfica de Jorge Jesus parece-me residir no facto do Benfica ao estar sempre a atacar sem fazer uma posse de bola mais horizontal desgasta-se muito mais que os seus oponentes principalmente nos confrontos diretos onde tem pago caro por isso.

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    1. "É preferível um passe com devolução no processo de construção do que um jogador parado a olhar para o jogo pois o movimento da bola obriga os defesas a dispersarem o foco de atenção constantemente. "

      Parabens pela análise amigo, como é obvio uma das grandes diferenças nas equipas e nos jogadores actuais reside no foco atencional, com isso crias desiquilibrios tacticos e acima de tudo crias "pânico" emocional.... que é aquilo que o Barcelona de Guadiola dominava e acreditava que era possivel fazer acontecer!! vão ver quantas vezes e que eles trocam a bola entre eles com uma distância de 1 metro sem oposição... o Futebol é um jogo de emoções amigos!!!

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